Seu bebê já passou por um atendimento de Osteopatia Pediátrica?
- Dr. Vinicius Niquini
- 27 de fev. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de fev. de 2020
Saiba mais sobre esse atendimento que está difundido em vários países da Europa e agora no Brasil
Você sabia que a Osteopatia pode ajudar seu bebê/criança em várias queixas e sintomas?
Vamos falar um pouco sobre essa forma de tratamento?!
Passível de ser realizada exclusivamente por fisioterapeutas especializados, a osteopatia pediátrica é uma técnica de terapia manual que tem o objetivo de diagnosticar, prevenir e tratar alterações músculo-esqueléticas e mecânico-funcionais no pós-parto e em todo o desenvolvimento do bebê/criança. A prática ajuda a evitar complicações, compensações ou uso exagerados de medicamentos.

A área é bastante valorizada em muitos países da Europa e vem ganhando grande visibilidade por ser um tratamento de excelentes resultados clínicos sem a necessidade do uso de remédios.
Vale ressaltar que a osteopatia em
pediatria não substitui o atendimento e acompanhamento do médico, já que atua de forma complementar, com o objetivo de somar forças e proporcionar ainda mais saúde para as crianças.
Mas afinal, qual é o objetivo da osteopatia com meu bebê?
Buscamos equilibrar todo o sistema corporal (cranial, músculo-esquelético, visceral e neural) por meio da aplicação de muito conhecimento em anatomia e fisiologia da criança, que é consideravelmente diferente da de um corpo adulto.

Mas por que meu filho precisa de atendimento de Osteopatia?
Vamos lá! Um dos maiores traumas possíveis acontece durante o nascimento; em partos com muitas horas de duração, uso de fórceps, ventosas ou até durante uma cesariana podem haver compressões no crânio ou no corpo da criança, causando disfunções que devem ser avaliadas e corrigidas. Quando essas complicações não são tratadas, o corpo do bebê buscará compensações afim de se autocorrigir, o que nem sempre será eficiente, gerando um risco de desenvolver assim alguns sintomas vistos como comuns, mas não normais.
Mas quantas sessões são necessárias? Quanto tempo dura? A partir de quando posso levar minha criança a uma consulta?
Assim como em vários outros tratamentos, a quantidade de sessões é muito variável entre cada criança e entre cada tipo de disfunção apresentada. Em média, a sessão dura de 30 a 40 minutos para evitar que a criança fique irritada com as manipulações. É permitido e recomendado que os pais participem desse momento.

Aqui vai um alerta muito importante!!!
É comum que em situações de estresse o corpo apresente maior quantidade de cortisol circulante. Quando falamos em mamães que ainda estão amamentando, esse cortisol pode chegar até a criança através do leite materno e, consequentemente, à corrente sanguínea. Isso altera a fisiologia da criança , deixando-a também estressada e com dificuldade de dormir.
Em quais situações a Osteopatia é indicada para meu filho?
- Cólicas
- Constipação intestinal
- Refluxo
- Alterações de sono
- Dificuldade de sucção
- Choro excessivo e sem possível causa evidente
- Assimetria crânio-facial
- Infecções respiratórias frequentes
- Otites frequentes
- Dores de cabeça
- Torcicolos congênitos
Sintomas como esses acima nos indicam que há algo em disfunção ou em desorganização no organismo do bebê que precisa ser solucionado o quanto antes.
Para ficar mais claro, vamos dar alguns exemplos:

Dificuldade de amamentação é uma situação comum de um recém-nascido, que pode ter relação com algum distúrbio de algum osso do crânio. Mas calma, isso acontece devido à constituição e às características ósseas dessa fase de vida. Com técnicas bem indicadas e realizadas de forma correta é possível melhorar a sucção, facilitando o processo de amamentação.
Outro caso comum é a compressão de alguma articulação ou osso gerando desconfortos como cólicas, irritações e dores, causando também pela maleabilidade dos ossos nos primeiros anos de vida. Quando for constatado, o fisioterapeuta especialista conseguirá diagnosticar e propor as técnicas adequadas, retirando as possíveis compressões e aliviando os sintomas.
Diversos são os artigos que comprovam a eficácia das técnicas osteopáticas em pediatria. Quantos antes a criança é tratada, menor será a chance de desenvolver complicações importantes e maior será a efetividade às respostas terapêuticas.
Ft. Dr. Vinícius N. Niquini